terça-feira, 24 de março de 2015

Blog XXME.

 Primeiramente, antes de tudo, devo agradecer ao Lucaz, criador do www.blogxxme.com, que me deu a licença para escrever um pouco não apenas sobre blog, mas, por toda a arte envolvida e todo esse universo.


 Há pouco mais de um ano fui apresentado (não me lembro como, mas, possivelmente pela minhas andanças na internet) ao blogxxme, e logo percebi que ali se tratava de algo diferente e inteligente.

 Hoje em dia a coisa mais fácil que se poder fazer é ligar o computador e ficar horas e horas da sua vida utilizando o que a rede digital tem de mais inútil para te oferecer. Não foi o meu caso, quando descobri aquele site maravilhoso e que inicialmente vi que se tratava de música e como tenho uma ligação existencial muito forte e sensitiva à música, percebi que iria acessa-lo diariamente, aí é que me dei conta de que aquele lugar acendeu o fogo que existia em mim e vislumbrei algo muito maior.

Você pode observa-lo e dizer ''mas esse site é de hipster e de gente descolada, são melancólicos e ouvem esse tipo de música porque querem serem cool, porque ser cool é legal e tá na moda, te deixa sombrio e misterioso e as pessoas esse tipo de pessoa''. Para começar, esses tipos de rótulos que existem como hipster, emo, etc, são puras criações de indivíduos que simplesmente ainda não se encontraram, e isso não é uma crítica, é um apelo para que os jovens se encontram, ainda que perdidos, e assim, que pertençam a algo.




 É ai que que entram eu, o Lucaz, os seguidores de seu blog, e todos esses outros jovens espalhados pelo mundo que encontram na música e na arte algo tão maior que eles mesmo, é até difícil de descrever. Nós somos aqueles que estão perdidos na arte, no amor a juventude e a vontade de viver, estamos na época pós-punk pós modernismo e estamos lutando pelo o quê? somos o quê? me parece que paramos no espaço-tempo da vida contemporânea. Mas ao virar frequentador daquele blog, me dei conta que existem pessoas como eu, que ouvem uma música e se transportam para outro universo, um universo próprio, e como se isso não fosse o suficiente, ainda nos conectamos, há um ponto em cada um de nós que faz com que sejamos um só, esse ponto nos leva ao Lollapalooza, a ouvir e dançar  Ribs da Lorde na noite solitária, é ele que nos faz ouvir No Rest For The Weekend da Lykke Li em um descampado estrelado, ou quando cantamos It Ain't Easy do David Bowie. São esses e muitos, muitos, muitos outros cantores, cantoras e todo tipo de artistas que colocam o degrau para a gente subir.

 Nós vivemos solitários, acho isso porque a grande massa não nos entende, nunca entenderia, preferimos viver sozinhos, na noite, contemplando a dor existente e tentando conviver com ela, tentamos colocar os demônios para dormir, ou pelo menos tentamos, porém faz parte, é o preço que pagamos por viver pequenos momentos de ecstasy para depois, recomeçarmos o ciclo de novo. Somos estranhos, mas, eu particularmente amo ser estranho, amo pensar que não sou como os outros, que tenho algo especial, também são esses estranhos que vivem, que sentem, que gritam ao som de iamamiwhoami ou de qualquer outro artista que você preferir colocar aqui.


   
    Não me vem a cabeça mais nada que queria compartilhar, só queria dizer para vocês que são como eu: continuem a ser diferentes, esquisitos, rebeldes, loucos, feios, chatos, sentimentais, carinhosos, românticos, antipáticos, sentimentalistas, o que quiseram, continuem escutando o indie mesmo se alguém lhe dizer que tu és um hipster de bosta. Aquele xxme transcendeu, agora ele é xxus.





Créditos para a imagem do Bowie:www.blogxxme.com

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